"ERA UMA VEZ... UM SONHO...

"ERA UMA VEZ... UM SONHO...

... o sonho de manter acessa a chama vibrante, intensa e colorida da infância. Um tempo marcado pelo encantamento da atmosférica onírica que rege a primeira e mais importante fase de nossas vidas. Uma época singular, rica, pessoal e intransferível..." Pedagogia do Amor (Gabriel Chalita)

Ser professor é...

Ser professor é... Ser professor é professar a fé e a certeza de que tudo terá valido a pena se o aluno sentir-se feliz pelo que aprendeu com você e pelo que ele lhe ensinou... Ser professor é consumir horas e horas pensando em cada detalhe daquela aula que, mesmo ocorrendo todos os dias, a cada dia é única e original... Ser professor é entrar cansado numa sala de aula e, diante da reação da turma, transformar o cansaço numa aventura maravilhosa de ensinar e aprender... Ser professor é importar-se com o outro numa dimensão de quem cultiva uma planta muito rara que necessita de atenção, amor e cuidado. Ser professor é ter a capacidade de "sair de cena, sem sair do espetáculo". Ser professor é apontar caminhos, mas deixar que o aluno caminhe com seus próprios pés...

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

COMO PROMOVER A ADAPTAÇÃO DOS PEQUENOS QUE IRÃO PARA A CRECHE OU PRÉ-ESCOLA

             "O momento de se separar das crianças e colocá-las na creche ou pré-escola causa medo e insegurança, que são sentimentos legítimos", explica Gisela Wajskop, especialista em educação infantil e diretora do curso de pedagogia do Instituto Singularidades.

              Décadas atrás, as crianças entravam mais tarde na escola, aos cinco ou seis anos, e a separação entre a mãe e o bebê era feita de forma mais lenta. "Hoje em dia, a quebra é muito rápida. Os pais até se sentem culpados por não poder passar mais tempo com o bebê", conta Wajskop.

               O primeiro passo para a família ficar mais segura é escolher bem a escola. É importante que os pais que os pais não façam a opção só pela racionalidade: "Não adianta escolher uma escola bilíngue, mas com uma equipe na qual a mãe não confia".
               Além de se sentirem bem atendidos e acolhidos, os pais precisam concordar com a proposta pedagógica e as regras da escola. Pois, a criança percebe se o pai critica a escola o tempo todo e quando fala bem daquele ambiente educacional.

               Depois de escolhida a escola, vem um período de adaptação, tanto para as crianças quanto para os pais. No primeiro dia, as escolas costumam ter uma conversa informal com os pais, para saber mais sobre a criança.

                Coordenadores pedagógicos recomendam que eles digam o que o filho está acostumado a comer, qual o horário de sono, questões médicas e qualquer outra particularidade.

                Aos poucos, a confiança dos pais e do bebê na escola vai aumentando. Para isso, os especialistas recomendam que a parceria seja incrementada com muita conversa. Pais precisam ouvir a escola e vice-versa.

Amanda Polato
Especial para o UOL Educação
http://educacao.uol.com.br/

domingo, 21 de agosto de 2011




MEMORIAL REFLEXIVO: Motivação e Incentivo
  Fonte: Ti@V@l
SUMÁRIO


1. INTRODUÇÃO
2. TEMPOS PASSADOS SÓ VOLTAM NA MEMÓRIA
3. PERSPECTIVAS ATUAIS E FUTURAS DA PRÁTICA PEDAGÓGICA
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS



 1. INTRODUÇÃO
           
            O presente Memorial é constituído de um relato de vida onde apresento minha trajetória pessoal, educacional e profissional reportando-me as minhas memórias passadas e atuais, sem deixar de pensar nas ações futuras. O mesmo tem por objetivo recordar, relatar e refletir sobre momentos significativos para mim, registrando posições e posturas especialmente da vida profissional e educacional, destacando as principais atividades que já desenvolvi, as que desenvolvo atualmente, quanto às atividades que ainda pretendo realizar. Registro, também, nesse documento, os cursos de aperfeiçoamento e atualização que realizei, bem como as minhas perspectivas de estudo e ampliação de conhecimento diante dos conteúdos apresentados nesse curso.
            No primeiro momento, lanço um olhar através da memória para fazer uma retrospectiva de minha vida pessoal e escolar. A seguir, faço um relato dos meus anos de exercício como professora de Educação de Jovens e Adultos, Ensino Fundamental, Educação Infantil e Coordenação Pedagógica, evidenciando métodos diferenciados. Em seguida, discorrerei sobre a ampliação da minha prática pedagógica diante dos conteúdos estudados neste curso: Motivação e Incentivo. Por último minhas considerações finais.
2. TEMPOS PASSADOS SÓ VOLTAM NA MEMÓRIA

            Nasci na cidade de Goianésia-GO. onde resíduo atualmente. Minha infância toda passei em uma fazenda situada neste município. Conclui o Ensino Fundamental 1ª fase em uma escola chamada Escola Nossa Senhora Aparecida, situada nas proximidades da fazenda. O prédio escolar tinha apenas uma sala, a cozinha e o banheiro que naquela época, era conhecido como: “privada”. Era uma escola multiseriada, a professora tinha que se deslocar da cidade até lá para ministrar as aulas, e eu, percorrer vários km de casa à escola.
            Este período foi de muita experiência e ao mesmo tempo conflitos. Ingressei diretamente na primeira série, pois naquela época poucas escolas – na maioria particulares – ofereciam a educação infantil. Como na ocasião eu não tinha a idade adequada para a série, precisei fazer um teste para ingressar. Lembro como se fosse hoje de algumas tarefas que realizei, foi o meu primeiro desafio, onde para minha felicidade consegui superar. Fiz grandes amizades neste período da minha vida. O meu processo de alfabetização se deu através do método tradicional com o uso de cartilha, aonde fazíamos repetidamente as famílias silábicas e frases curtas, dos desenhos. Mesmo com as críticas existentes diante da mesma, para mim foi eficaz, valeu o esforço por parte da professora para que a minha alfabetização acontecesse.
            Ainda me recordo daquele cotidiano escolar conservador. A professora tinha postura autoritária, as aulas praticamente não se diferenciavam quanto à estrutura de apresentação de conteúdo e aplicação de exercícios, os conceitos e fórmulas deveriam ser repetidos até ser memorizados, o controle disciplinar era constante dentro da sala de aula. As rotinas de trabalho passavam pela leitura individual e em voz alta das lições. Estudar matemática era constrangedor, os alunos tinham que decorar a tabuada, cometer um erro, no momento em que a professora perguntava individualmente, era fatal. Mas tudo isso valeu a pena!
            Após concluir esta etapa escolar, fui obrigada a ficar afastada da escola por 6 anos, pelo fato de residir na zona rural e não ter como se deslocar até a cidade para frequentar o Fundamental 2ª fase. Nessa época ainda não existia o “transporte escolar” público, que hoje por um lado facilita a vida de muitos jovens campestres.
            Aos 16 anos de idade, meus pais me levaram para Goianésia para que eu pudesse dar continuidade aos meus estudos. Conclui então, o ensino Fundamental 2ª fase e em seguida, o Ensino Médio (Técnico para o Magistério) no Colégio Estadual Jales Machado, no período noturno, pois precisava trabalhar para me sustentar. Ao cursar o Magistério emergiu em mim o desejo de aprofundar os estudos sobre as práticas educativas e as relações educacionais no processo de construção de conhecimento. Aí nascia o interesse pelos atos de ensinar e aprender, partindo da ideia de educação como prática social que, na perspectiva escolar, pouco evidenciava o seu lado prazeroso. Era o começo de um direcionamento profissional, o despertar do desejo de atuar no campo da docência.
            Paralelamente a esse período, fiz vários cursos profissionalizantes, como: corte e costura, datilografia, informática entre outros. Após concluir o Curso de Datilografia abri uma Escola de Datilografia: “Tok Final”. Esse foi um momento muito especial da minha vida, me senti contemplada com aquela profissão. Mas, veio a era da informatização e em 1991, precisei fechar as portas da escola, pois neste momento as antigas máquinas de escrever estavam sendo trocadas por máquinas mais modernas: “computadores”.
            O que fazer agora? Deparei-me numa situação difícil. Mas não cruzei os braços. Fui à luta em busca de meu objetivo que era exercer a minha profissão. Então, iniciei a minha trajetória no magistério. De início, comecei como substituta nas escolas estaduais e municipais, atuando no Ensino Fundamental 1ª e 2ª fase. Foi um período de aprendizagem no qual tive a sorte de contar com pessoas interessadas em fomentar o desenvolvimento de outras.
            Nesta mesma época engravidei, o sufoco era ainda maior, havia mais um “ser” que dependia do meu sustento, meu filho “Matheus”. Por sorte, consegui uma vaga no Programa Vaga-Lume - Alfabetização de Jovens e Adultos da Universidade Estadual de Goiás. Foi quando percebi que a prática da sala de aula não era fácil, mas agarrei a oportunidade, e, não me dei por satisfeita, mesmo empregada, continuei lutando para aperfeiçoar-me e exercer da melhor maneira o meu trabalho.
            Em 2001, prestei vestibular para o Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia na UEG, então recebi umas das melhores notícias de minha vida, “minha aprovação no vestibular”, quanta felicidade! Tudo aquilo era novidade, mas algo muito significativo. Algumas das disciplinas eram novas para mim, mas a que mais me encantava era a Psicologia da Aprendizagem, a qual eu já tinha um conhecimento prévio por tê-la estudado no magistério.
            Foi nesse período que comecei a ter uma visão mais abrangente da minha própria prática pedagógica, fazendo-me perceber o quanto o desempenho do professor em sala de aula é importante para a aprendizagem do aluno. Percebi também, que minha vontade de aprender era grande, e com o decorrer dos anos na instituição não medi esforços para isso. O curso transcorreu entre descobertas, reflexões e mudanças de visão de mundo. Eu sempre muito dedicada, responsável, assídua, porém sempre bastante tímida o que me atrapalhou muito e até hoje me impede de fazer várias coisas.
            Já no quarto período de formação, foi aberto o Concurso Municipal para Professores de alunos com deficiência / APAE da minha cidade. Prestei e passei bem colocada, fui lotada em 2 meses. Nesta Instituição, atuei como Professora Alfabetizadora de alunos deficientes por 2 anos, cada aluno com sua limitação. Esse período foi muito importante para mim, fiz várias amizades, cresci muito pessoalmente e profissionalmente, ali a minha dedicação e empenho eram visíveis e notórios, estava sempre contente, recebia vários elogios das colegas e da equipe gestora, motivo de muita satisfação para mim.
            Quando estava no último período de faculdade me ingressei no Curso de Especialização Lato Senso em Psicopedagogia Institucional. O passeio pelos fundamentos da educação através das disciplinas relacionadas à Psicologia, a qual já havia me cativado, foi fundamental para a ampliação da perspectiva multidimensional e dinâmica das atividades educativas desenvolvidas por mim e para uma melhor compreensão dos nexos da educação.
            Em 2008, participei de outro Concurso, agora para participar do quadro de professores da rede municipal. Para minha surpresa, fui aprovada em 6º lugar. Quanta felicidade! Logo em seguida, iniciei meu trabalho como professora efetiva do município atuando em dois turnos, sendo o matutino na Educação Infantil e o vespertino no Ensino Fundamental. Desenvolvendo-o sempre de forma alegre e prazerosa, esse foi para mim um período de ricas experimentações. Foi aí que percebi de verdade, o quanto somos confrontados com as piores adversidades e temos que fazer de conta que é tudo normal. Que não são poucos os alunos indisciplinados que vão à escola simplesmente para não ficar em casa e que na escola, nós, professores, temos que fazer o milagre dos mesmos aprenderem e que ainda é exigido que executemos a árdua tarefa de resolver aqueles problemas que ninguém resolve: família, conselho tutelar, poder público.
                        Em 2009, fui convidada pela gestora da escola que trabalho a assumir a Coordenação Pedagógica. Iniciei então no cargo, em janeiro de 2010. Na experiência da coordenação pedagógica, percebi que essa está intimamente relacionada à ação do docente e a outros agentes do contexto escolar. O meu trabalho como Coordenadora tem o objetivo de assegurar a qualidade do trabalho docente e garantir que as concepções pedagógicas e epistemológicas, definidas no Projeto Pedagógico Institucional e documentos norteadores da organização, são disseminados no ambiente escolar, orientando as ações dos professores.
            Na função de coordenadora, sou exigente, porém, democrática nas relações com os professores, alunos e pais. Acompanho-os durante todo bimestre, assessorando-os e auxiliando-os nas dúvidas e dificuldades sobre metodologia, conteúdo, diagnóstico e intervenção nas dificuldades dos alunos, mas também divido os desafios e aqueles problemas para os quais eu não tenho uma resposta.
            Após trabalhar com professores durante esse tempo, tenho a convicção de que o envolvimento da equipe e o tipo de atividades trabalhadas podem ser desenvolvidos como meios de articular as situações de aprendizagem em uma instituição, mesmo sendo um processo marcado pelo enfrentamento de desafios e insegurança.
            Ser Coordenador é mais um desafio que pretendo superar nesta caminhada profissional e de formação continuada tão necessária na contemporaneidade. Sou feliz porque estou realizando meu objetivo de estar atuando na área educacional que sempre desejei.  Partindo deste contexto, é que desejo dar continuidade a minha formação profissional, procurando contribuir cada vez mais com a educação.
  
         
3 – PERSPECTIVAS ATUAIS E FUTURAS DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

            Ser professor ou professora nos dias de hoje é um trabalho que está se tornando cada vez mais difícil e estressante. As mudanças pelas quais a educação está passando são expressas através da falta de motivação e interesse dos estudantes pelos assuntos abordados, bem como por meio de problemas de relacionamento com colegas e com o próprio professor. Estas questões acentuadas em sala de aula, cada vez mais, contribuem para que o professor perca a autoridade e o entusiasmo pelo trabalho.
            O Curso de Aperfeiçoamento Motivação e Incentivo mostrou-me que somos capazes de intervir para mudar essa triste realidade educacional, o mesmo foi significativo e me proporcionou uma visão complexa sobre o fenômeno educativo na contemporaneidade e em prol de uma educação democrática e eficaz, pois o momento atual impõe ao profissional docente desenvolver habilidades que possibilitem uma melhor adaptação às novas culturas e aos novos padrões de conduta social.
             Mostrou-me também, que o acelerado processo de globalização em que se encontra o país, insere o homem em um ambiente de alta competitividade e seletividade. Nesse contexto, a relação professor-aluno representa um esforço a mais na busca da praticidade, afetividade e eficiência no âmbito escolar. Visto que, é preciso mudar o ensino, mudar a escola, mudar a sociedade, mas todas as ações serão insuficientes, se eu não enxergar o meu reflexo nos alunos e reinterpretar os meus papéis diante das necessidades cotidianas.
            Vale ressaltar que, este curso proporcionou-me maior compreensão através de seu referencial teórico, dos fatores que levam a motivação e interesse, ao mesmo tempo possibilitou que eu me inteirasse sobre a origem da desmotivação partindo do pressuposto de que a curiosidade é um elemento fundamental do processo de ensino-aprendizagem, e ao ser despertado ela contribui para a motivação dos alunos na busca dos conhecimentos. Descobri também que, muitos recursos facilitadores do ensino-aprendizagem faltam à escola, mas, apesar desta falta, as condições motivadoras na sala de aula dependem menos disto, e mais da contribuição do professor para despertar o interesse dos alunos, já que, além do valor motivador que o conteúdo em si pode e deve ter, o contexto de ensino-aprendizagem é influenciado por muitos outros fatores, que embora possamos analisá-los separadamente, fazem parte de um todo e depende de uma série de condições dentro e fora da escola.                       Sendo assim, percebi que a motivação é um processo que se dá no interior do sujeito, estando, entretanto, intimamente ligado às relações de troca que o mesmo estabelece com o meio. E que nas situações escolares, o interesse é indispensável para que o aluno tenha motivos de ação no sentido de apropriar-se do conhecimento, pois ao sentir-se motivado o individuo desperta vontade de fazer alguma coisa e se torna capaz de manter o esforço necessário durante o tempo necessário para atingir o objetivo proposto.
            Dessa forma, torna-se tarefa primordial de nós educadores identificarem e aproveitar aquilo que atrai a criança, aquilo do que ela gosta como modo de privilegiar seus interesses, ou seja, propiciar a descoberta. O aluno deve ser desafiado, para que deseje saber, e uma forma de criar este interesse é dar a ele a possibilidade de descobrir e desenvolver atitude de investigação, uma atitude que garanta o desejo mais duradouro de saber, de querer saber sempre.
            Portanto, nós professores devemos descobrir estratégias e recursos para fazer com que o aluno queira aprender, devemos fornecer estímulos para que se sinta motivado a esse aprender. Pois, ao estimular o aluno, o educador desafia-o. E esse desejo de realização é a própria motivação, pois para ele, aprendizagem é também motivação, onde os motivos provocam o interesse para aquilo que vai ser aprendido.
            Nesta perspectiva, o momento atual caracteriza-se como desafiador. Não se pode pensar em uma escola que discrimina e exclui, é requerida uma escola que valoriza e respeita as diferenças, dos que tem uma motivação e dos desmotivados oportunizando a aprendizagem a todos os alunos, de forma que busque metodologias para a motivação de todo o grupo que faz a educação tanto quanto educador e educando. A escola tem o papel de preparar os alunos, enquanto sujeitos coletivos e singulares, dispostos a percorrer os caminhos em sua vida social, educacional, profissional e familiar.
            Nós educadores sabemos que é preciso oportunizar um ambiente acolhedor, democrático e propício ao desenvolvimento harmonioso dos alunos, objetivando a participação e a responsabilidade de cada um nesse ambiente, pois quando o mesmo é agradável, a aprendizagem ocorre com mais facilidade e torna-se prazerosa. Mas, para que isto aconteça, é necessário que o professor reflita e analise as formas com que está desenvolvendo seus trabalhos, se estão condizentes com a realidade dos alunos, se esta é a melhor forma de desenvolvê-lo para que os resultados sejam positivos.
            Sabemos que, como professores, precisamos investir cada vez mais em conhecimentos e práticas diferenciadas, pois a realidade está mudando a cada dia, os alunos de hoje estão em contato constante com o desenvolvimento tecnológico e a cada dia recebendo informações em excesso, isto faz com que percebam mais rapidamente a falta de conhecimento do professor sobre assuntos abordados em aula. Quando isto acontece, o aluno acaba tomando certas atitudes que não condizem com a realidade da sala de aula, e o trabalho do professor então se torna desvalorizado. Isto leva os professores a concluírem que os alunos não gostam de estudar, não vêm importância nos estudos para seu futuro ou não gostam de sua disciplina.
            Diariamente tenho lido teorias que sustentam minha prática pedagógica e refletido sobre as concepções que permeiam o processo ensino e aprendizagem. Cada vez mais acredito que, possibilitar uma aprendizagem significativa aos alunos exige a ressignificação do processo de aprender do próprio professor, provocando a necessidade de um projeto formativo que oportunize uma trajetória de apropriação de conhecimento e de reflexão sobre sua prática.
            Como diz FREIRE (1996, p. 41-42)
         
“Por   isso   é que,  na  formação   permanente dos professores, o  momento fundamental  é o  da reflexão critica sobre  a  prática.  É  pensando   criticamente  a prática de hoje ou de ontem  que  se  pode  melhorar  a próxima prática.”         
         É pensando assim, que sempre busco fazer da minha vida uma prática coerente e que atinja a necessidade do meu educando.






4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

            No decorrer da elaboração do memorial reflexivo reportei-me a memórias e lembranças que me fez recordar de episódios da minha vida que haviam caído no esquecimento. Durante a escrita dessas memórias percebi o quanto é significativo e enriquecedor buscar uma relação entre presente, passado e futuro.
            Ao relacionar fatos da minha vida com questões teóricas busco enfocar o processo de reflexão que acredito ser parte integrante da formação do professor, pois o mesmo precisa lançar de vários olhares para a realidade, se reconhecendo nelas, interpretando-as e ainda mais interferindo de acordo com seus objetivos educacionais.
            O avanço pessoal do professor está no aprofundamento dos seus estudos, na passagem por esse curso, tive oportunidade de olhar minha prática de maneira mais crítica. Aprofundando meu conhecimento, me fez crescer mais profissionalmente, e na minha vida pessoal, interiorizar esses conhecimentos me faz uma pessoa melhor.
            Hoje tenho um olhar mais abrangente em relação aos alunos, escola e educação. Não acredito que só a educação possa mudar a sociedade economicamente, mas acredito que a educação significativa possa intervir na consciência intelectual de uma sociedade.
            Relembrar a trajetória de formações que tive e que me fizeram chegar neste ponto é poder apresentar e mostrar as minhas experiências na área da docência. Isso deixa claro que não são os processos formativos que nos colocam a frente das inovações, mas o nosso desempenho enquanto profissional em assumir aquilo que desejamos alcançar profissionalmente.



REFERÊNCIAS

ALVES, Rubem. Uma Escola para voar. Disponível na web.: Acesso em: 30 de julho de 2011.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. 8ª edição. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

                                                                                Tia Val

segunda-feira, 18 de julho de 2011

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR: Uma Visão Psicopedagógica

Fonte: Ti@v@l
EPÍGRAFE
“A avaliação, que durante décadas foi um  instrumento   ameaçador e autoritário, está mudando, mas continua sendo um dos grandes nós da educação moderna”.
            Gentile e Andrade

HISTÓRICO DA AVALIAÇÃO
                 
                  Autores em seus diversos enfoques como Luckesi (l991, 1995, 1998, 2002), Perrenoud (1999), Flores (1980), Viana (1980), Balzan (1982), Goldberg (1982), Almeida (1984), André e Mediano (1985), Zindeluk (1985), Ott (1986), Ludke (1988, 1989) e Hoffman (1991) têm analisado a questão da avaliação da aprendizagem, seu papel, possibilidades e limitações.
                  Esses estudos demonstram que durante as duas primeiras décadas do século XX, a perspectiva da psicologia comportamental predominou nas análises e na concepção sobre avaliação, as aplicações de testes padronizados floresceram em grande escala no meio educacional, influenciado pela tecnologia de mensuração das capacidades humanas.
                  Nos anos trinta a idéia de mensuração através de testes padronizados foi ampliada, passando os estudos avaliativos do desenvolvimento dos alunos a incluir técnicas de observação como teste, lista de verificação ou de checagem, escalas de classificação, questionários, fichas de registro de comportamento e outras medidas, todas elas para colher evidências sobre o rendimento dos alunos em relação à consecução de objetivos curriculares, como nos relata Tyler (1999, p. 27):
                  E quando se fala em mudança da prática avaliativa é recorrente a idéia de contrapor a avaliação tradicional à avaliação progressista. A primeira, centrada no uso de provas formais aplicadas em determinados períodos para mensurar a capacidade do aluno de reproduzir o que foi ensinado, o que o professor transmitiu, tendo por objetivos a verificação dos resultados para efeito de classificação do aluno; a segunda, a progressista, vendo o aluno como um todo, enfatiza o processo e é realizada continuamente com a utilização de técnicas variadas, objetivando chegar a um diagnóstico que forneça elementos para o redirecionamento da ação educativa. Partindo dessa primeira distinção, pode-se dizer que a mudança da prática avaliativa passa pelo desafio de conferir-lhe uma nova intencionalidade.
O  processo  avaliativo consiste, basicamente,  na determinação de quanto os objetivos   educacionais   estão sendo atingidos por programas curriculares e   institucionais. Todavia, como os objetivos educacionais expressam mudanças em seres humanos, isto é, os padrões de comportamento do aluno, a avaliação é o processo destinado a verificar o grau em que essas mudanças comportamentais estão ocorrendo [...]. A avaliação deve julgar o comportamento dos alunos, pois o que se pretende em educação é justamente modificar tais comportamento.
                  Vale ressaltar, que mudar é um ato de coragem que exige posicionamentos definidos quanto à direção que se quer dar as ações. E como diz Freire (1976, p. 39), mudar a prática avaliativa, sem ficar nas “meias mudanças que são uma forma de não mudar”, exige discutir o direito à formação básica e universal e buscar um novo ordenamento escolar que assegure essa formação.


A ESCOLA E A AVALIAÇÃO: construindo aprendizagens

              Aprender com prazer, aprender brincando, brincar aprendendo, aprender a aprender, aprender a crescer: a escola é, sim, espaço de aprendizagem.
              Ao determinar aprendizagem e não aprender tem um leque de fatores que sinaliza as causas da deficiência. O psicopedagogo investigador na busca de hipóteses, reavalia, reformula e questiona procurando intervir dentro das condições de aprendizagem em que se apresenta.
                  Lamentavelmente, a educação não tem sido tratada com a devida consideração que se espera, principalmente quando se refere à questão da verificação da aprendizagem escolar.
                  O tema avaliação é um ponto de preocupação de muitos estudiosos da questão educacional, devido aos métodos pelos quais são aplicados, às vezes de forma improvisada, despreparada e corriqueira, tornando-se instrumento ineficaz que propicia resultados imprevisíveis na escola.
                  Nesse sentido, as instituições de ensino estão centradas nos resultados das provas. Elas se preocupam com as notas que demonstram o quadro geral dos alunos, para a aprovação ou reprovação. Os pais já não importam mais se os filhos aprendem ou não, o que lhe interessam é que avancem de uma série para a outra. Os alunos têm sua atenção voltada para a promoção, não importam o modo de obtê-la. Dessa forma, as notas são suficientes para os quadros estatísticos.
                  Em qualquer situação de nossas vidas serem avaliados ou avaliar desperta inquietações. Principalmente na escola, o período de avaliação provoca uma ansiedade tanto nos alunos como nos professores, deixando-os mais desacomodados. Não é sem razão, pois, avaliar pessoas e seus desempenhos, implica sempre julgamento, emitindo um parecer de absolvição ou condenação. A avaliação assusta porque lembra a punição, a atribuição de notas e menções, completam a finalidade classificatória da avaliação com vistas à aprovação ou reprovação.
                  No entanto, a avaliação deve ser integrada ao processo de aprendizagem e por isso deve ser o meio de acompanhar o progresso do aluno, os objetivos, as atividades de ensino, o plano do professor, a adequação dos conteúdos, o projeto pedagógico entre outros recursos pedagógicos, pois como diz Libâneo (1991, p. 20), “A avaliação escolar é parte integrante do processo de ensino aprendizagem, e não uma etapa isolada”.
Nesse sentido, a avaliação deve estar relacionada com os objetivos, pois ela deve verificar o alcance desses e com isso analisar como está acontecendo o que foi planejado, modificar e adequar às necessidades que aparecem durante o processo.
                  É o que observa Libâneo (1991, p. 203):
                                                                     A mesma deve ser subsídio para o crescimento real do aluno. O que queremos então, é que a escola ensine bem a todos, que a avaliação possa ajudar na construção do conhecimento, pois, sabemos que se reprovam muitos ou que se aprovam todos, mas o educador é aquele que garante as condições para a aprendizagem de todos.
A verificação e qualificação dos resultados da aprendizagem no início, durante e no final das unidades didáticas, visam sempre diagnosticar e superar dificuldades, corrigir falhas e estimular os alunos a que continuem dedicando-se aos estudos.

                  Se quisermos ter uma avaliação abrangente, é preciso reconhecer que qualquer instrumento de avaliação apresenta limites e dificuldades, a avaliação no campo educacional é sempre pela sua natureza um processo muito complexo, que exige a avaliação permanente do próprio processo e, sobretudo a construção e a aplicação de múltiplos instrumentos que levem em conta os aspectos diversos e relevantes.
                  Percebe-se que avaliar é aprender, e avaliar também se aprende, e que todos precisam ter o direito de realizar essa aprendizagem. A avaliação, em nossas experiências educativas, tem tido como principal função favorecer e aperfeiçoar o processo educativo concebido e assumido pelo professor e pela escola e refletir sobre o nível de qualidade do trabalho escolar, tanto do professor como dos alunos.
                  A avaliação do aluno, em suas diversas dimensões, não se esgota no aluno. Seu objeto principal é o de ajudar o aluno a aprender. Para isso, diversas medidas devem ser tomadas pelo professor e pela escola com base na avaliação que constrói realmente o crescimento, em médio prazo. No entanto, a avaliação dos alunos também deve servir para outros fins, tais como: rever o currículo caso este não esteja ajustado ao alunado, ou rever os materiais e livros adotados, ou mesmo os métodos empregados. Podem implicar também a revisão de práticas de ensino, ou mesmo identificar carências do professor relativas a conteúdos, relacionamentos com os alunos ou outras deficiências.
                  Se a avaliação existe para apoiar a aprendizagem e esta é alcançada pelo próprio aluno, nada mais natural que ele, juntamente com o professor, avalie seu progresso e participe da tomada de decisão quanto aos novos rumos a serem planejados. Além disso, admitindo-se que o trabalho pedagógico é desenvolvido por ambos, nada mais natural que se avaliar, também, a atuação e desenvolvimento desse trabalho. Isso significa contribuir para a formação de cidadãos conscientes de seus direitos e deveres, assim como para a construção de uma sociedade democrática.
                  A avaliação exerce forte influência sobre o que os professores ensinam, sobre o que os alunos estudam e, consequentemente, sobre o que aprendem. Os alunos cujos professores os avaliam de forma consciente e frequente obtém melhores resultados. A avaliação deve servir para informar alunos, pais e professores sobre os progressos realizados e êxitos alcançados.
                  Segundo Luckesi, (1991, p. 25):       
O ato de avaliar, por sua constituição, não se destina a um julgamento definitivo sobre  alguma coisa, pessoa ou situação, pois não é um ato seletivo. A avaliação de destina ao diagnóstico... é uma meta a ser trabalhada, que, com o tempo, se transformará em realidade, por meio de nossa ação. Somos responsáveis por esse processo.
                        Nesse sentido, é necessário selecionar os objetivos adequados que transformarão a avaliação em uma atenção e ocupação do educador com apropriação efetiva do conhecimento por parte do educado. Para que haja uma avaliação coerente e prazerosa é preciso um olhar dialético e construtivo, para que não se caia no erro da pretensão nos critérios.
                  Portanto, avaliar pode ser um empreendimento de sucesso, mas também de fracasso; pode conduzir a resultados significativos ou a respostas sem sentido, pode defender ou ameaçar. Os avanços teóricos mais recentes da avaliação evidenciam a necessidade de uma substancial mudança na direção de um novo paradigma, na qual somos avaliados e avaliadores.
                  Para Hoffmann (s/d., p. 20),                                    
                  Dessa forma, precisamos encarar que o problema real que enfrentamos não é o da existência ou não de uma avaliação, a questão é uma mudança de paradigmas a respeito dela.

A avaliação deixa de ser um momento terminal do processo educativo (como hoje     concebida) para se transformar na busca incessante de compreensão das dificuldades      do educando e na dignização de novas oportunidades de conhecimento.
COMO A PSICOPEDAGOGIA DEFINE A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM        
                  A avaliação efetiva dá-se durante o tempo todo nas relações dinâmicas da sala de aula, que orientam as tomadas de decisão subsequentes referentes ao conteúdo, a metodologia e estratégias de verificação de aprendizagem para desenvolver em todos os que fazem parte do processo a autonomia governada por seus próprios pensamentos, para que todos consigam sozinhos buscar informações e transformá-la em conhecimento.
                  Segundo Daniels (1994, p. 22) “os processos e desenvolvimentos cognitivos são resultados de interações sociais e culturais tais que todos os processos psicológicos são inicialmente, sociais e só mais tarde tornam-se individuais”.
                  O diálogo entre todos (alunos, pais, professores, direção) faz dos sujeitos, aliados e parceiros, com a clareza da função de cada um em específico, do que é comum a todos no processo e de onde cada um deve chegar para facilitar o desenvolvimento da aprendizagem.
                  Assim, o que a escola comprometida com a luta contra as desigualdades pode fazer é vitalizar e direcionar adequadamente as forças progressivas nela presente e garantir às classes populares a aquisição dos conhecimentos e habilidades que as instrumentalizam para a participação no processo de transformação social. Uma escola transformadora é, pois, uma escola consciente de seu papel político na luta contra as desigualdades sociais e econômicas, e que, por isso, assume a função de proporcionar as camadas populares, através de ensino eficiente, o instrumento que lhes permitam conquistar mais amplas condições de participação cultural e política de reivindicação social (Soares, 1995).
                  De acordo com Vigotski (apud DANIELS, 1994, p. 28),                     
                  Entendendo que a avaliação não é uma atividade “neutra”, o professor deve respeitar o conhecimento que cada aluno traz, trabalhando para torná-lo consciente de seus atos, de suas escolhas e suas consequências na sociedade ou para a formação de uma sociedade mais igualitária, onde sendo respeitada aprende a respeitar.

Uma    característica    essencial    da    aprendizagem   é   que   ela  cria  a  zona  de  desenvolvimento proximal, isto é, a aprendizagem desperta uma variedade de  processos de desenvolvimento internos, que só tem  condições de funcionar quando a criança está interagindo com pessoas em seu ambiente e em cooperação com  seus colegas, uma vez internalizadas, esse processo torna-se parte da realização do  desenvolvimento independente da criança.
                  Enfim, a Psicopedagogia vê a avaliação como uma atividade fundamentada para a participação e a decisão competente de todos.
                  Segundo a Psicopedagogia a utilização das provas como único instrumento de avaliação é, com frequência, associado a um ensino predominantemente expositivo, pretendendo-se aferir se os alunos conseguem reproduzir com fidelidade aquilo que o professor explicou. Como resultado de uma prova é aplicada uma nota. Com base nas notas das provas os professores decidem uma classificação final do período do ano escolar. A prova constitui um instrumento dominante (às vezes exclusivas) de avaliação dos alunos.
                  A esta sobrevalorização das provas corresponde à indução dos alunos a uma maneira de estudar destacando aqueles aspectos que são fácil e habitualmente avaliáveis a memorização e o treino. Em vez de estudar para aprender, estuda para uma nota. Esta visão deturpa fortemente o conceito de avaliação, misturando-se as suas funções.
                  O problema não reside em utilizar provas, mas na forma como se utiliza. As provas devem ser encaradas como mais um instrumento para avaliar devendo variar o tamanho e tipo, a freqüência e a articulação com outros instrumentos, além disso, as provas deveriam ser associadas a aulas “normais” e não a aulas especiais. As provas não deveriam ser os únicos instrumentos de avaliação, como já afirmado, deve-se recorrer a outros instrumentos.
                  Mesmo a crença de inspiração psicrométrica de que as provas avaliam de uma forma mais objetiva, a aprendizagem é posta em questão, com o fato de haver muitas e incomensuráveis variáveis, influencia o desempenho do aluno no momento da real prova.
                  Para, além disso, há questões que podem colocar-se sempre em relação a cada prova a realidade, a diferencialidade, a fidelidade e a objetividade.
                  A utilização dada à informação ao longo do processo de avaliação é mais importante do que a informação em si própria, sendo, então, fundamental o modo como o professor tem em conta a diversidade dos elementos recolhidos.
                  Uma das expressões mais felizes dos últimos anos é a que define a avaliação como “instrumento regulador da aprendizagem”. Deve ser essa mesma a sua função primordial no processo ensino-aprendizagem.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Dia dos pais

Atividades








 Lembrancinhas





Fonte (parte do conteúdo): Blog amiga da Educação

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Esforço e competência

Recebi esse texto do Profº Chafic e resolvi postá-lo a vocês. As palavras são belissímas e verdadeiras. Confira!!!
Prof. Chafic Jbeili – http://www.unicead.com.br/

Tenho estado obstinado a melhorar cada vez mais tudo aquilo que tenho proposto fazer na vida. O que reconheço não ser bom o bastante, designo quem possa fazer melhor. Repito diariamente à minha equipe e até já virou um chavão no escritório da UNICEAD: “Tudo que conseguimos com esforço até agora só se manterá com competência”.  Propus escrever essa frase na recepção, nas agendas e até em bilhetes no espelho do banheiro.
Esforço tem a ver com desbravar campos, conquistar oportunidades e chegar a algum lugar. Por sua vez, competência tem a ver com continuidade e manutenção daquilo que se desbravou ou conquistou arduamente. Sem competência para manter o que se conseguiu, o esforço da aquisição perde o sentido.
A palavra esforço é comumente utilizada para designar o ânimo, a energia ou a força que alguém emprega na realização de determinada tarefa, conforme desejado. O esforço é imprescindível para se alcançar alguma coisa na vida. Embora importante, o esforço não tem propriedades conservacionais, a competência sim.
A pessoa esforçada é geralmente dedicada, focada em seus objetivos e mantém pensamentos adequados quando o assunto é superar desafios e alcançar metas. Nesse processo, visão de futuro, boa dose de fé e preparo moral são essenciais na resiliência do indivíduo. No entanto, sem competência a pessoa esforçada poderá perder com considerável facilidade muito daquilo que conquistou com afinco.
Sem esforço é impossível realizar sonhos, obter qualidade de vida, perder alguns quilinhos, fazer aquela viagem, concluir a pós-graduação ou mesmo terminar projetos que tanto se desejam ver concretizados. O esforço é a mola mestra que reúne e impulsiona as forças físicas, morais e espirituais em direção àquilo que mais se deseja na vida, naquele momento. A intensidade do esforço determina a percepção de distância da linha de chegada.
Esforço é uma característica subjetiva, tácita. Por isso, ou a pessoa nasce com este atributo ou sentirá que tudo é mais difícil para ela conquistar. Esforço é algo que se exige e se cobra das pessoas, mas invariavelmente não se pode aprender ou ensiná-lo a alguém. Cada qual tem seu limite de esforço pré-determinado desde a infância.
Ao contrário do esforço, a competência é algo objetivo, que não se nasce sabendo, mas é algo que se ensina e se aprende. Competência se desenvolve e deve ser aprimorada constantemente, tornando-se indispensável caso se pretenda realmente aplicar longevidade àquilo que se conquistou outrora com necessário esforço.
Se esforço é uma característica pessoal, e eu diria até uma virtude admirável, marcada pela determinação e resiliência inatas, por sua vez, a competência é habilidade adquirida, composta de dois elementos básicos: Saber fazer e fazer bem. De que adianta conquistar amizades, obter um ótimo emprego, constituir família, ter filhos ou acumular bens se não se propõe aprender mantê-los como convém?
Saber manter as conquistas diz respeito aprender e desenvolver habilidades específicas e se tornar bom na consecução de práticas especiais, tornando-se hábil especialista na realização meticulosa de etapas importantes das mais variadas tarefas que se propõem fazer no dia-a-dia. Isto é saber fazer!
Fazer bem diz respeito a destreza, acuidade, polidez e capacidade de ajustes instantâneos para que se atinjam os objetivos propostos e da melhor forma possível, observando sempre a qualidade dos resultados. Então, saber fazer e fazer bem não podem ser dissociados; um completa o outro e ambos se tornam como coroa do esforço.     
Lembre-se e faça lembrar que por maior que seja o esforço de alguém na conquista de um sonho intensamente desejado ou mesmo de uma simples tarefa, somente a competência (saber fazer e fazer bem) poderá justificar o esforço desprendido, porque a glória de uma conquista consumada sempre será medida pela competência em sua conservação diária. Esforço e competência são imprescindíveis para pleno usufruto do sucesso!
Boa reflexão! Abraços.
"Ser professor é encarar uma situação nova a cada da e transformá-la em uma realização bem-sucedida."